Poderia existir definição tão perfeita a meu respeito? Meu modo de agir depende de uma infinidade de detalhes e a alteração de uma só delas já faz uma transformação num turbilhão de coisas. Depende dos sonhos que tive enquanto dormia, da noite mal ou bem dormida, do ‘bom dia’ que recebi, dos abraços dados, dos beijos recebidos, dos olhares cruzados, dos sorrisos sem graça que tento, em vão, disfarçar, das conversas jogadas fora, das palavras ditas e, até mesmo, do que ficou por dizer. Inconstante... O carinho agora pouco trocado pode já não me fazer bem. Bipolaridade? Tenho bem mais que dois polos. Ou melhor, não tenho nenhum. As emoções que sinto, embora teime em escondê-las, estão dispersas em equilíbrio numa esfera e é só lançá-la para o alto e ver quais delas vão se aglomerar e ai então descobrir quais emoções, no momento, estão dispersas em mim. Ora menina meiga, carinhosa, dengosa, morrendo de vontade de dar um beijinho de leve, mesmo que na bochecha, só pra dizer de forma bem sutil um “te gosto”. Logo depois aparece aquela um tanto atrevida, provocativa, insinuante, com uma vontade de súbita de encostar-se a uma parede e dar um grande beijo só pra dizer de uma forma bem devassa um “te quero”. Noutras vezes, bruta, cruel e com vontade de dar aquele tapa na cara pra machucar mesmo e gritar um “te odeio”. Até que posso estar aquela menina quietinha, desligada de tudo e aprisionada no seu infinito particular, pensando, apenas pensando, na forma de te dizer um “Eu te amo” e ai sim poder ser aquela que é em sua maioria: carinhosa, dengosa, atrevida, insinuante e provocativa.
P.S.: Fiz esse texto meses atrás...
P.S.: Fiz esse texto meses atrás...
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